Merece uma atenção especial a questão da invasão venosa no carcinoma renal, uma vez que é decisivo no estadiamento da postagem anterior.
A pesquisa do trombo é feita de forma mais apropriada na fase corticomedular, em que há maior concentração de contraste nas veias renais e o defeito de enchimento luminal é melhor visto. Outro sinal é um aumento abrupto de calibre da veia (embora não seja um achado completamente específico, visto que o aumento de fluxo tumoral também pode ser a causa desse aumento). A impregnação do trombo sugere sua origem neoplásica.
O envolvimento da veia renal de forma isolada é relativamente comum, em até 23% dos paciente, e não afeta significativamente o prognóstico, sendo classificado como T3b.
A veia cava inferior pode ser comprometida em até 10% dos pacientes. Se a porção afetada for apenas infra-diafragmática, é classificada como T3c. Desses casos, quando é comprometida apenas a porção infra-hepática, o acesso cirúrgico pode ser apenas abdominal; se a cava retro-hepática é afetada, a incisão será tóraco-abdominal.
Comprometimento da cava supra-diafragmática torna o estadiamento T4b, o que carrega um significativo aumento da morbidade e mortalidade peri-operatória.