quinta-feira, 31 de maio de 2012

Aderência Intestinal - Ultrassonografia

Paciente realizou fechamento de colostomia havia cerca de 6 meses. Alguns meses depois, passou a se queixar de dores no local da cicatriz, no quadrante inferior esquerdo do abdome.
O médico assistente solicitou ultrassonografia da parede abdominal. 



Foi observado segmento de alça de intestino delgado aderido à parede abdominal anterior, exatamente na topografia da cicatriz cirúrgica. Essa alça apresentava redução de sua peristalse, e não se movia às manobras compressivas no abdome.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Fragmento Intra-Articular - Joelho

Trauma corto-contuso no joelho, com suspeita de lesão óssea. Uma radiografia demonstrou imagem sugestiva de fragmento ósseo na porção anterior da articulação fêmuro-tibial.
Foi solicitada tomografia complementar.


Identificou-se fragmento ósseo entre o espaço articular (com derrame) e a gordura de Hoffa.


Essa outra imagem mostra a origem do fragmento, no côndilo femoral lateral.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Pneumatoceles

Um caso de pneumonia por estafilococo, solicitada avaliação tomográfica que demonstrou pequenas pneumatoceles.


O conceito de pneumatocele tem íntima relação com sua etiologia. O conceito de "cisto" pulmonar é uma cavidade contendo ar ou líquido, circunscrita por tecido fibroso, com revestimento epitelial ou não. O conceito de "pneumatoceles" são espaços císticos que surgem ao longo de um processo inflamatório infeccioso.
Geralmente o agente causador da pneumatocele é o estafilococo, mas outros agentes infecciosos também podem ser os responsáveis por seu surgimento.
Há duas teorias para o surgimento da pneumatocele: 1- O processo inflamatório destrói a parede da via aérea, permitindo a passagem de ar para o interstício pulmonar. 2- A obstrução do processo inflamatório/infeccioso geraria um efeito de válvula, com aprisionamento de ar distalmente.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Artrite por Gota - Ultrassonografia

Paciente apresentando dor na base do hálux, ao nível da 1ª articulação metatarso-falangeana, com sinais flogísticos. Aumento do ácido úrico sérico.
Foi solicitada uma radiografia, que não demonstrou lesão óssea, com espaço articular preservado.


O médico assistente solicitou então uma ultrassonografia. Na avaliação anterior ao nível da articulação metatarso-falangeana, observou-se derrame articular:


Na avaliação lateral à articulação, observou-se imagem ecogênica (setas amarelas) para-articular, provavelmente correspondendo a tofo decorrente da artrite por gota.


Apesar desse caso, a literatura não descreve com muita ênfase a ultrassonografia como um método útil na avaliação de artrite por gota.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Apendicite - Ultrassom e Tomografia

Exame ultrassonográfico solicitado por dor na fossa ilíaca direita, demonstrando imagem tubular não compressível adjacente ao ceco, com infiltração dos tecidos adjacentes.
A imagem à direita mostra a estrutura tubular em um corte transversal, e à esquerda em corte longitudinal.
Foi realizada uma tomografia complementar que confirmou os achados ecográficos, demonstrando apêndice cecal espesso e com infiltração da gordura adjacente (seta amarela).

terça-feira, 8 de maio de 2012

DIU Atípico

Imagem curiosa para um radiologista com menos de uma década de atuação.
A paciente refere ter colocado o DIU há mais de 30 anos. Não conseguiu removê-lo, e resolveu não realizar procedimento invasivo para sua retirada.


Na internet há imagens de modelos de DIU antigos. Esse era chamado de "loop".

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Inflamação Ligamento Deltóide

Exame realizado por queixas de dor na face medial do tornozelo havia alguns meses.
O exame demonstrou espessamento e redução da ecogenicidade das estruturas ligamentares adjacentes ao maléolo tibial, sugestivo de acometimento inflamatório do ligamento deltóide (seta amarela, nesse corte longitudinal).


Chama-se de "ligamento deltóide" o complexo ligamentar na face medial do tornozelo, a partir do maléolo tibial (no caso da imagem mostrada, o acometido era o tíbio-calcâneo). Alterações nesse ligamento ao estudo ecográfico são muito pouco frequentes, especialmente quando de forma isolada.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Hematomas Epidural e Subdural

Trauma craniano por acidente automobilístico, paciente jovem.
A tomografia demonstrou pequena linha de fratura no osso temporal esquerdo (seta amarela), com coleção hemorrágica periférica adjacente, em formato biconvexo, compatível com hematoma epidural.


Epidurais: Em 90% dos casos é de causa arterial (meningea média). Têm aspecto biconvexo. Não cruzam os limites das suturas ósseas (estão localizados entre o osso e a dura), mas podem cruzar reflexões durais.
Subdurais: Lesão de veias corticais. Têm aspecto em "crescente". Estão localizadas entre a dura e a aracnóide, portanto podem ultrapassar suturas, mas não ultrapassam reflexões durais.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Coledocolitíase - Colangiografia

Após colecistectomia por litíase biliar, paciente persistiu com dores no hipocôndrio direito e aumento das bilirrubinas séricas. Realizada colangiografia pós-operatória, que demonstrou pequeno defeito de enchimento no colédoco distal, compatível com cálculo, com leve a moderada distensão das vias biliares.


quarta-feira, 2 de maio de 2012

Descolamento Placentário

Paciente gestante no 2º trimestre, com sangramento em pequena quantidade há cerca de 1 semana. Foi solicitada ultrassonografia que demonstrou área de descolamento placentário na face anterior e inferior do útero.

A aparência do hematoma depende do tempo de existência. Hematomas agudos podem ser ecogênicos ou isoecogênicos. A partir de uma semana, torna-se hipoecogênico, e em cerca de duas semanas tem aspecto anecóico.
Os fatores de mau prognóstico são hematoma com volume maior que 50ml, acometendo mais que 50% da superfície placentária, localizados no fundo ou corpo uterinos. (fonte: emedicine).

O caso da paciente era de bom prognóstico: volume pequeno, porcentagem não significativa da superfície placentária, segmento inferior do útero.

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Hemorragia Intracraniana Neonatal

Um paciente prematuro, solicitado ecografia transfontanelar para avaliação. O exame demonstrou hemorragia na matriz germinativa, hemorragia e dilatação dos ventrículos, caracterizando grau III.
Grau I seria uma hemorragia restrita à matriz germinativa.
Grau II possui hemorragia intra-ventricular, ainda sem dilatação.
Grau III há dilatação ventricular associada.
Grau IV possui hemorragia parenquimatosa.
Foi solicitada tomografia para confirmação dos achados ecográficos.
Nesse corte tomográfico observa-se hemorragia intraventricular, já com dilatação das cavidades, caracterizando hemorragia intracraniana neonatal grau III.