Homem de 50 anos, tabagista, realizou radiografia por tosse com aumento de intensidade nos últimos meses. Foi demonstrada lesão cavitada no lobo superior direito, e uma tomografia computadorizada foi solicitada, confirmando o achado.
Resumidamente, uma cavitação pulmonar pode ser decorrente de abscesso (staphylococcus o mais freqüente), neoplasia (a mais comum é a de células escamosas), ou massa granulomatosa (tuberculose, fungo - aspergilose e coccidioidomicose, sarcoidose, doença de Wegener, nódulo reumatóide).
O livro Primer of Image Diagnosis cita a espessura da parede da cavidade como um parâmetro de avaliação do risco de malignidade. Menor que 2mm, a chance é de 95% de a lesão ser benigna; entre 2-15mm, é indefinida, com risco de 50% de malignidade; acima de 15mm, o risco de ser maligna é de 95%.
O paciente não possuía qualquer outra alteração parenquimatosa pulmonar, e foi obervada linfadenomegalia mediastinal ipsilateral. Além disso, a espessura da parede era entre 10-15mm, próxima do limite de lesões com alta suspeita, e não queixas típicas de doença infecciosa.
A possibilidade de lesão pulmonar neoplásica ficou como a mais forte, sendo recomendado prosseguimento da investigação.
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