As imagens e a discussão são baseadas no artigo Spondylolysis, spondylolisthesis, and associated nerve root entrapment in the lumbosacral spine: MR evaluation - AJR, Jinkins et al. 159 (4): 799. (1992), motivadas por vários exames tomográficos para avaliação de dor lombar irradiada para membros inferiores em pacientes com radiografias demonstrando espondilolistese.
A imagem mostra uma representação de espondilolistese em L5-S1, com L4-L5 de configuração usual. É possível perceber que o aspecto normal do forame de conjugação de L4 é vertical, levemente oblíquo. O forame de L5, entretanto, devido à espondilolistese adquire um aspecto horizontalizado, em formato de "8": o recesso superior do forame fica anteriorizado (nele está contido o nervo) e o recesso inferior fica em porção posterior.
Nesses casos, a compressão da raiz nervosa pode se dar por dois mecanismos: o mais comum deles está representado na imagem, e seria uma intrusão (encroachment) da raiz nervosa nesse recesso superior de amplitude reduzida. O outro seria um pinçamento (impingement) da raiz na porção intermediária do forame alterado (a "cintura do 8").
A questão essencial dessa discussão é a importância de imagens sagitais em casos de espondilolistese, para a adequada avaliação do forame deformado. As imagens axiais podem demonstrar os forames falsamente normais, até mesmo com aparência alargada, uma vez que a espondilolistese costuma deixá-los com orientação mais horizontal que o usual.
A preferência, portanto, são imagens sagitais. A ressonância magnética é superior à tomografia computadorizada na avaliação das raízes, já que as imagens ponderadas em T1 permitem uma melhor avaliação da presença de gordura ao redor delas no interior dos forames.
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