Essa tomografia foi solicitada em um paciente jovem, masculino, que apresentou radiografia com opacidades micronodulares difusas bilaterais.
O livro Computed Tomography and Magnetic Ressonance of the Torax (Naidich e outros) comenta uma forma prática de classificar opacidades nodulares em 3 grupos, o que estreita as possibilidades de diagnóstico diferencial: 1) Centrilobulares; 2) Perilinfáticas e 3) Aleatórias.
A primeira análise a ser feita é se existem nódulos nos bordos pleurais e nas fissuras. Se não existem, a distribuição é centrilobular. Nesses casos, deve-se pensar em pneumonia por hipersensibilidade, bronquiolite respiratória, broncopneumonia, disseminação endobrônquica de micobacterioses, histiocitose de Langerhans, e aspergilose broncopulmonar alérgica.
Se há nódulos pleurais, deve ser analisado se há um predomínio de distribuição peribroncovascular, no septo interlobular ou intersticial. Nesses casos, o padrão é perilinfático, e devem ser cogitadas as hipóteses de sarcoidose, linfangite carcinomatosa, silicose/pneumoconiose por carvão, e pneumonia intersticial linfocítica.
Se há nódulos pleurais, mas não há um predomínio de distribuição perilinfática, então o padrão é aleatório. Esse padrão é típico de nódulos de disseminação hematogênica (miliar).
Observação: Essa análise deve ser feita, obviamente, com cortes em alta resolução, que permitem a avaliação anatômica septal do parênquima pulmonar. Infelizmente, o software do aparelho da tomografia está com uma limitação temporária, e a imagem demonstrada não é de alta resolução.
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