quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Sinal da Medula Óssea


A medula óssea pode ser composta por medula hemotopoiética (vermelha) ou medula gordurosa (amarela), entremeadas por trabeculações ósseas. Na verdade, em uma determinada região não há unicamente um tipo de medula, e sim o que acontece é o predomínio da vermelha ou da amarela.
A medula gordurosa tem um sinal aumentado em T1 e intermediário em T2. A hematopoiética tem sinal intermediário tanto em T1 quanto T2 (em T1, seu sinal é levemente maior que dos músculos e discos intervertebrais, pois contém gordura, embora em pequena quantidade).
Obviamente, a maior quantidade de medula hematopoiética é verificada em crianças, e essa quantidade diminui progressivamenteaté a idade adulta, ocorrendo conversão para medula gordurosa. Essa conversão ocorre no seguinte sentido: 1) das estremidades para os ossos axiais; 2) das epífises para as diáfises; 2) do centro para a periferia do osso.
Condições que aumentam a exigência hematopoiética do organismo podem tornar a quantidade de medula vermelha maior que o usual, o que é chamado de reconversão.
Em algumas situações pode haver dúvida ao exame da medula óssea, pois condições patológicas geralmente se apresentam com redução de sinal em T1, assim como a medula hematopoiética. Essa dúvida pode ocorrer em algumas variações da distribuição da medula vermelha, em que ela se apresenta como ilhotas ou de forma assimétrica.
Há algumas formas de diferenciar medula hematopoiética de processo patológico. 1) analisar o padrão de conversão e reconversão da medula gordurosa, e verificar se é compatível; 2) em T1, a medula hematopoiética tem sinal levemente maior que músculos e disco intervertebral, ao contrário da infiltração patológica; 3) por fim, provavelmente o melhor meio de fazer essa distinção sejam as seqüências in-phase/out-phase. Nessas seqüências, estruturas que possuírem gordura perdem o sinal em "out-phase", o que ocorrerá com a gordura hematopoiética (que tem pequena quantidade de gordura), e não com a infiltração patológica.
Outro fator a destacar na análise da medula óssea são os hemangiomas, tumores benignos bastante prevalentes, mais freqüentemente vistos na coluna vertebral. São arredondados e com conteúdo gorduroso, portanto têm alto sinal tanto em T1 quanto em T2. Pode não ser possível a distinção entre um hemangioma e uma área focal de conversão para medula gordurosa, o que felizmente não é clinicamente importante.

Um comentário:

Anônimo disse...

Olá, meu nome é Viviane, sou Biomédica e estou fazendo pos graduaçao em Ressonancia Magnetica.
Estou pesquisando artigos, assuntos, textos relacionados a variaçao de intensidade de sinal da medula ossea nos processos patologicos pois será o meu tema em TCC. Gostei muito do seu texto e gostaria de saber se você poderia me ajudar com algumas dicas de bibliografias, sites, etc. Agradeço a atençao
Atte,
Viviane